quarta-feira, 25 de março de 2009

Rani Lakshmi Bai de Jhansi
























Muitas pessoas pensam que a mulher hindu por ter ideais de castidade também é submissa e pacata vivendo a sombra dos homens.
Nada disso, só analisar os exemplos da vida de mulheres como Kunti ou Draupati do Mahabharata, Mira Bhai ou a Rainha de Jhansi em meados de 1800 , conhecida como Lakshimi Bai.
Lakshimi Bai que originalmente se chamava Manikarnika , nasceu num família brahmana em Varanasi, educada em casa da forma tradicional ele se casou com o Raja de Jhansi ( um reino hindu na Índia central) Gangadhar Rao, aos 14 anos de idade.
O seu primeiro e único filho morreu quatro meses após o parto, o que levou o casal real a adotar um menino de nome Damodara Rao. Aos 18 anos ela se tornou viúva e tomou o controle do trono de Jhansi, por ter sempre espírito desportivo era conhecedora das artes da guerra com isso fez com que fosse treinado um contingente feminino que tornou-se sua guarda pessoal.
Usando a “Doutrina do Lapso” (ou seja que um reino não tivesse descendente direto ao trono cairia em mãos da Companhia das Índias Orientais) os ingleses apossaram-se do reino e ordenaram que ele deixasse o palácio, por não aceitar o filho adotivo e uma mulher no trono.
Quando estourou o Motim Indiano, Lakshimi Bai junto com rebeldes, sua guarda feminina, e outros guerreiros notáveis defenderam o reino de Jhansi da invasão inglesa no ano de 1858, após um grande cerco Jhansi caiu e Lakshimi Bai fugiu para Gwalior.
Após uma batalha para a retomada do forte de Gwalior que tinha sido entregue pelo Raja de Gwalior aos ingleses após os soldados do Raja desertarem.
Em Gwalior os rebeldes e a rainha resistiram contra os ingleses que cercaram o forte, e após dois dias de batalha Lakshimi Bai foi morta no campo de batalha, três dias após sua morte os ingleses dominaram o forte e os rebeldes foram mortos, seu pai foi capturado e enforcado nos muros da cidade de Jhansi.
Dizem que ela morreu sobre o cavalo segurando as rédeas com os dentes e com escudo e espada na mão com o filho pequeno preso atrás dela, o general inglês Sir Hugh Rose disse que ela foi a “melhor e mais brava” entre os rebeldes, por causa de seus sacrifícios e bravura ela foi considerada um ícone na Índia, um símbolo para a liberdade e exemplo para as mulheres hindus, a Joana DÁrc da Índia.
Hoje existem duas estátuas de bronze em sua homenagem em Gwalior e em Jhansi.
Ou seja, castidade e religiosidade não são sinônimos de submissão e letargia.
Rani Lakshimi Bai ki jay.
Viva a todas as mulheres hindus que mantém vivas as tradições desta cultura eterna.

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